Nova éra na Polícia Militar do Paraná
O Governador Orlando Pessuti assinou nesta quarta-feira (27) a elevação da Companhia de Polícia de Choque da Polícia Militar do Paraná a Batalhão de Operações Especiais (BOpe) e a criação do
Grupamento Aeropolicial - Resgate Aéreo (GRAER), ambos sediados em Curitiba, mas com atuação em todo o Estado do Paraná. “A criação do BOPE e do GRAER da PM são duas estruturas que vão contribuir muito para a segurança pública do nosso estado”, afirmou Pessuti, após a assinatura dos documentos.
Durante o evento também foram entregues 43 viaturas modelo Blazer para as Rotams (Rondas Ostensivas Tático Móvel) e para a Polícia de Choque. Do total de veículos, 18 serão destinadas às Rotams das
unidades de Curitiba (13 carros), São José dos Pinhais (3 carros) e Paranaguá (2 carros). Outras 25 viaturas vão ser entregues à Polícia de Choque e serão utilizadas no policiamento de Curitiba (18 automóveis), Londrina (3 automóveis), Cascavel (2 automóveis) e Guarapuava (2 automóveis). O total
de investimentos do Governo do Paraná nas viaturas foi de R$ 2.086.446,00.
Ainda de acordo com Pessuti, especialmente estas criações são um primeiro passo na preparação da segurança Pública do Estado para a Copa das Confederações de 2013 e Copa do Mundo de 2014. “Nós
temos grandes eventos em Curitiba e em todo o Paraná e, muitas vezes, não tem o policiamento especializado que nós precisamos. E para estes grandes eventos, já temos policiais militares fazendo cursos em Brasília, e outras
cidades do Brasil, além do exterior, só faltava a criação das unidades”, revela.
O Secretário de Estado da Segurança Pública, Coronel Aramis Linhares Serpa disse que as criações e reestruturação da corporação ficarão na história da Polícia Militar. “O Paraná era um dos poucos estados do Brasil que ainda não possuía constituído um Grupamento Aéreo na área de segurança pública, e esse grupamento vai fazer a diferença nas operações de polícia, bombeiro e defesa civil, bem como a atuação do BOPE que fará a diferença no policiamento”, diz.
O Batalhão de Operações Especiais, conforme explicou o comandante-geral da PM, coronel Luiz Rodrigo Larson Carstens, atuará, entre outras atividades, na retomada de locais ou áreas ocupadas, realizará patrulhamento tático em recobrimento às unidades de área em todo o estado, restabelecimento da ordem em rebeliões penais e descontrole de civis, escoltas especiais, além de agir em situações que uma unidade d
e área não consegue resolver, ou seja, o batalhão entra em apoio para solucionar a questão.
BOPE – A Companhia de Polícia de Choque – Tropa de Elite da Polícia Militar – no formato conhecido hoje, foi criada em 1964 e agora se transforma em batalhão com a assinatura do decreto de criação pelo governador. “Esta transformação está prevista na nova lei de organização básica que prevê a expansão e criação de várias unidades na PM, a descentralização e a melhoria dos serviços prestados, em todo o Estado”, diz o Coronel Rodrigo. “E a transformação da Companhia de Choque num Batalhão de Polícia de Operações especiais é uma delas”, acrescenta. O Comandante-Geral explica que hoje a Companhia de Choque está sob comando de um major e, com a transformação, ficará sob o comando de um Tenente-
Coronel e possuirá seis companhias – hoje é uma só. Além disso, o efetivo que atualmente é de 254 homens deverá ser pelo menos dobrado. “Também teremos uma nova instalação adequada para abrigar as seis companhias (quatro de Choque, uma de Operações Especiais e uma de Cinotecnia (Canil), além de um Grupo de Negociação e Pelotão de Comando e Serviço”, diz.
“Vamos fortalecer a doutrina, a qualificação e o treinamento para que estes homens possam enfrentar a criminalidade e prestar o serviço com qualidade”, afirma o Comandante. A criação do BOpe se deve a progressão do Estado, ao crescimento populacional, ao aumento dos índices de criminalidade e aos grandes eventos públicos que serão realizados no Paraná.
“É preciso destacar também a importância da Companhia de Choque na história desta corporação e na história das instituições. Ela cumpre um papel importante, ora garantindo as instituições para que possam exercer sua atividade, ora garantindo a proteção à sociedade, servindo como força de recobrimento na área operacional, em razão de algumas situações de maior periculosidade e em que a comunidade anseia uma resposta mais imediata da corporação”, destaca o comandante-geral.
De acordo com o Comandante da Companhia de Choque, Major Rui Rota da Purificação, a transformação da Companhia em Batalhão é um avanço para o grupo. “Primeiramente era uma vontade singular da instituição que foi agora atendida pelo governador Pessuti. Sem falar que as polícias do Brasil estão se reestruturando com essas atividades de Operações Especiais e aqui no Paraná, a partir de agora, elas também serão ampliadas para atender toda a população”, frisa.
GRAER – O Grupamento Aeropolicial – Resgate Aéreo também será sediado em Curitiba, mas atuará em todo o Estado do Paraná, e possui, até o momento, dois helicópteros (Falcão I e II - 02 PP-EJH - Bell Jet Hanger). Esta unidade será responsável pelo policiamento aéreo ostensivo, socorrimento público, ações de defesa civil e de operações policiais miltares e bombeiros militares, apoio a órgãos Federais, Estaduais Municípios de todo o Estado.
O grupo conta com 52 policiais militares capacitados para a atividade e necessitava, segundo o comandante-geral da PM, de segmento próprio aerotransportado para o desenvolvimento de atividades numa ampla variedade de ações e operações de natureza policial militar e de bombeiro militar.
Os helicópteros podem locomover até 5 pessoas, porém, em uma operação costumam estar a bordo uma tripulação composta pelo piloto, co-piloto e outros dois profissionais para controle da ação (policiais, um deles armado). "A composição da tripulação depende da ação que estiver ocorrendo. Por exemplo, em caso de vítimas vai, além do piloto e co-piloto, um médico e o outro espaço é dedicado para a maca da vítima em questão", explica o comandante do Grupamento Aéreo, Major Orlando Artur da Costa.
O helicóptero voa a uma altura de 100 a 150 metros e passa todas as informações de localização por rádio, que está interligado com o Centro de Operações Policiais Militares (Copom) pela frequência 190 e 193, para a viatura que está em terra. O helicóptero pode entrar em ação, mediante a gravidade da situação.
“Os órgãos governamentais ligados à Segurança Pública utilizam o apoio da aeronave em casos que haja necessidade; este equipamento pode, por exemplo, localizar um alvo em terra e indicar para as viaturas, que por algum motivo, não conseguiram visualizar”, explica o Major.
Participaram também do evento que criou as novas unidades e entregou viaturas o Secretário-Chefe da Casa Militar, Coronel Aurélio Alves Chaves da Conceição, o Subcomandante da PM, Coronel Mauro Pirolo, além de comandantes das unidades da PM de todo o estado, outras autoridades civis e militares e representantes da comunidade.
Fonte,Site Polícia Militar Paraná